domingo, 21 de setembro de 2008

Falando de Skate entrevista: Jonathan Melhado

Entrevista por Douglas Dias - (fotos acervo pessoal)
Ando de skate e acompanho a cena de Araçatuba/SP e região há quase 20 anos, e de tempos em tempos surge um nome de destaque na região. Devido a situações diversas, infelizmente são poucos os nomes no cenário nacional nascidos na região... De uns tempos para cá tenho ouvido muito o nome de Jonathan Melhado nas sessões de Araçatuba... Ainda não o conhecia, mas sempre era citado pelos skatistas locais como uma referência. Uns meses atrás pude conhecer e ver seu
skate para constatar que o cara anda muito. Agora o falando de skate tem o prazer de apresentar as idéias do King of São Paulo.


Início de entrevista padrão: Como foi o primeiro contato com o skate?
Foi como um brinquedo um amigo meu de infância começou andar isso ai em Araçatuba eu via ele andando achei legal enprestei o skate dele ficou comigo uma semana,passou um tempo meu pai me deu um skate de aninversario desde então nunca parei de andar

Fale um pouco sobre a cena de Araça
tuba, como era no início do skate para você? Nasci e morei 13 anos em Araçatuba é uma cidade legal porem não tão legal para andar de skt, tem varios skatistas na cidade mesmo assim faltava um incentivo, uma pista legal para os skatistas andarem ,no inicio andava todos os dias ainda tinha a pista bob skatepark... ia pra escola, almoçava e já colava andar era muito style.

E hoje em Piracicaba, como é o seu dia a dia? Quando cheguei em piracicaba não tinha amigos aqui, foi meio trash. Andava sozinho,depois de um tempo fiz amigos que por sinal com alto nivel de skate, ficava olhando, admirando. Vi que aqui tinha mais lugares para andar mais incentivo,hoje meu dia dia é andar de skt todos os dias, acordo, almoço e vou andar de skt. Volto vou pra escola é muito styleDC King of São Paulo

Hoje você é referência, entrevista com 10 páginas dedicadas a você na revista 100%... E no início? Quem eram suas referências e como vê esta inversão? Graças a Deus to conseguindo fazer as coisas acontecerem mais rápido do que eu imaginava! Eu paro pra pensar e fico lembrando... eu andando de skate no começo em Araçatuba, bem mulekinho nem flagava nada, via as fotos na revista e imaginava "um dia" eu naqeula revista e hoje ter conseguido fazer uma entrevista é muito gratificante,minhas influências sao os cara que andavam comigo no dia dia os amigos da sessão... Não diria inversão so consegui chegar num ponto que hj em dia varios muleques olham e me veem como influência, é muito style isso

Atualmente, o que te motiva a andar de skate? Algo mudou do início
para cá? O que me motiva a andar de skate é minha vida. Preciso andar de skate para viver se eu não estou andando de skate começo a ficar chato, parece que ta tudo estranho. Mas lugares bons para andar, patrocinio... isso motiva bastante,muita coisa mudou! Conhecimento, evolução das ideias, das manobras... Hoje em dia tenho condições melhores para andar de skate.

Qual a importância das sessions de street para você?
Sessao de street é andar na rua certo,o skate é muito style seja na pista num campeonato mais depois que comecei andar na rua, anda na rua digo filmar fazer fotos, foi outra pegada comecei a evoluir o dobro por que a essencia do skt esta nas ruas. É muito style você sair pra sessão e voltar com uma manobra filmada.

Vendo o skate como esporte, como é o treino do ATLETA Jhonyn? Andar umas 4 hrs por dia ta ótimo.

Já que falamos do skate como esporte, qual a importância dos campeonatos pra você? Acho uma grande forma de começar a aparecer,você é um cara que ninguem conhece, ai chega anda bem no campeonato e ganha, ai no proximo ganha de novo... Começa a aparecer, as pessoas te conhecem por isso entao acho campeonato importante para ganhar um reconhecimento. Antes eu gostava bem mais de campeonatos hoje em dia sou mais sossegado, vou so nos circuitos que tem premiaçao importante no ranking... Hoje em dia vou no campeonato para rever os amigos. Campeonato da uma animada.

Com as competições você ganhou visibilidade e esta trouxe os patrocínios, como é a relação com as empresas que te apoiam? Sim se hoje tenho patrocinios é por causa de campeonatos... Tenho uma relação boa com meus patrocinadores, procuro entrar em acordo antes de fechar contrato, negociar uma parada boa pra mim e pra marca no Brasil. Nada é mil maravilhas, você tem patrocinio mais nunca é regado, sempre a marca ta dando menos do que você merece a maioria dos empresários nao flagam o que é ser skatista e isso dificulta as coisas... Quando o cara da marca é ou já foi skatista é uma relaçao bem mais legal.
Hard flip

E pelo lifestyle.. o que pode apontar de positivo em sua vida que foi obra do seu skate? Hoje, conhecendo o skate, acho o melhor estilo de vida, o skate traz muitas coisas boas, muitas amizades, muitas idéias, conhecimento e cultura, skate é tudo isso

Descreva o dia perfeito para o skater Jhonyn?
Andar de skate com meus amigos, dar risada, filmar algumas manobras e depois ir pra balada e dar mais risada com os camaradas, encher a cara e pegar as mininhas... kkkk...

O que acha da fase atual do skate brasileiro? O skate esta sendo cada vez mais reconhecido acho que esta numa fase boa e a tendência é melhorar cada vez mais... Ainda rola um preconceito das pessoas leigas mais to ligado que antes era pior, hoje em dia ta bem mais suave, o skate é um dos esportes mais praticados no Brasil e merece ser cada vez mais valorizado
Backside tail slide

E o que vê no seu futuro? Quais seus sonhos? Eu nao sei meu futuro, estou batalhando para que seja só de coisas boas para colher tudo lá na frente e ser recompensado de tudo o que estou fazendo hoje... Eu sei que é assim: se voce faz uma parada certa sem atrasar o lado de ninguém as coisas vão ser boas la na frente... Meu sonho é continuar andando de skate, viver do skate e ser ser feliz andando de skate...

Finalizando,o que você destacaria no estilo de vida para convencer alguém a andar de skate?
É um estilo de vida livre... Muito bom! Skate é mais além do um esporte, skate é vida, não tem como descrever o que o skate é... Imagina voce num dia muito ruim, as paradas dando tudo errado, sem dinheiro, brigou com a mina, ta sendo seu pior dia... ai você vai pega seu skate de baixo da cama e sai para andar... quando volta parece que está tudo legal, está feliz por ter ido andar.... QUEM ANDA SABE!



terça-feira, 15 de julho de 2008

Falando de música: Tia Velha



O Falando de Skate entrevistou a banda
Tia Velha de Araçatuba/SP. Conheça um pouco da banda que está na luta desde 1997 e há 4 anos corre os palcos com a atual formação. Para mais informações e contato acesse tiavelha.com.

FDS- Apresentem a banda... quem é quem e desde quando? Sou David, voz. Na guitarra Ricardo Storti, no contra-baixo Nelson Pedon, e na bateria temos o insano Marcos Nogaroto, poderia ser NAgarota, mas... Estamos com essa formação tem quase 4 anos.

FDS - A banda sempre teve uma atitude "faça você mesmo" desde o tempo que rolavam as festas no newton's (pizzaria de Araçatuba onde rolavam apresentações de bandas da região) e demais bares e festas da época.. a comunicação da banda com o público sempre foi um diferencial.. Como encaram isto?
Ricardo: Isso foi uma necessidade! Seria mais fácil se tivesse alguma estrutura pública por tras disso, fomentando a cena, inserindo rock em programações culturais, mas sempre foi complicado. Existe preconceito com o estilo daí ninguem apoia. Um amigo de alguem da banda sempre acabava dando uma mão pra sair alguma coisa em radio, ou notinha em jornal…mas é difícil. A comunicação precisa se adequar também né, não dá pra fazer cartazinho preto com caveira e escrever rock pigando sangue…é um erro é achar que o pessoal que gosta de ouvir rock aceita qualquer coisa nesse sentido… Mas tem o lado bom, né. Você aprende na marra a lidar com isso…com tentativas e erros…uma cagada q você faz aqui, já não repete na próxima…e vice-versa.

FDS- Sobre o som de vocês.. longe de procurar rótulos.. mas como vocês descrevem o som da banda para alguém que ainda não teve contato com vocês?
Ricardo: Rapaz…agora complicou…rs. Acho que basicamente podemo dizer que é um som cru, seco…cantado em português, com afinações mais alternativas, com pegada…


FDS - E o relacionamento com o skateboard... Como é? alguém da banda andou ou ainda dá uns rolês?
David: Eu ando até hoje, tenho meu carrinho, e sempre que posso estou dando um rolê, com menos frequência que antes, cheguei ser bem viciado nos rolês, street principalmente. Curto muito manobras em corrimão, acho que me dou melhor, acompanho a cena de leve. O Marcão chegou andar de skate durante um tempo, mas ele percebeu que não era pra ele isso.. rs.. O Ricardo acho que subiu e desceu apenas. Mas a banda curte, eu particularmente acho um esporte muito atitude.

FDS - O que acha que rola de similaridade entre a atitude da banda com o skate?
David: Bom, dentro da questão atitude, acho que rola muita coisa. Por exemplo, temos uma puta vontade de tocar em algum campeonato de skate, em cima de uma "spider" por exemplo.. rs... Realmente, gostariamos mesmo! Eu pelo menos adoraria dar um role escutando um som ao vivo na hora, um Rage Against The Machine por exemplo. Mas poxa, atitude do rock e do skate são similares, muito bom! Ricardo: Acho que dá pra fazer um paralelo com essa coisa de correr atrás dos espaços…de ter que se adequar pra andar em lugares que não são propícios e tocar em lugares horríveis com o mesmo tesão. Se você não gosta muito, não tem atitude, personalidade…vocie pára no primeiro tombo.

FDS - O relacionamento de vocês com a cidade natal da banda.. como rola? A região trata bem as "pratas da casa"?
Ricardo: Do ponto de vista de iniciativas públicas e culturais, é uma merda…não só pra gente, mas pra cena em geral. Falta espaço bom, com som de qualidade. Do ponto de vista da galera, sempre tem uma turma que acompanha, gosta, conhece os sons…isso é legal pra cacete..

FDS - Vocês lançaram recentemente um novo site.. Como rola a divulgação na web?
Ricardo: Putz…é algo necessário hj em dia. É o nosso canal mais barato e eficiente. São infinitas possibilidades, já q hoje o acesso a web é muito grande. É interessante também um trabalho de mailing, pois fica bem fácil informar sobre show, novidades.
FDS - As facilidades oferecidas pelo my space, orkut e afins facilitam muito, mas em contra-partida, tem a eterna briga entre majors e a pirataria.. como a banda encara este cenário?
Ricardo: É..aí cada situação deve doer em seus respectivos calos..rs. No nosso caso, como banda independente não temos muito a fazer a não ser espalhar ao máximo nosso som, de maneira gratuita…Quanto mais ouvirem, melhor! Quanto mais piratearem nosso som, “mais melhor”!! rs.. Esse lance de grandes gravadoras é foda, porque a grosso modo, a equação é muito simples: Pegam uma banda com um potencial “comercial” a ser explorado, paga jabá pras radios tocarem, investe uma puta grana nesse sentido, e isso tem que retornar em forma de vendas de cds. Mas é foda, o custo em grande escala pra um cd com encarte e tudo é bem barato, algo em torno de R$ 5…a material prima é barata…e isso chega pra gente na loja a R$ 30, R$ 35 conto! E o pior é que quase nada vai pro artista. O ciclo basicamente é esse. Por isso que a pirataria fode! Mas nao fode o artista, fode com a gravadora! E fode com o mercado independente, porque pra cara 1 banda comercialmente interessante, tem umas 500 com conteúdo muito bom mas sem acesso a esse grande mercado. E nisso entra a importância das vias alternativas de divulgação: internet e festivais independentes. Pode ter certeza que as coisas mais genuínas sendo feitas na música atualmente estarão de fato nesses veículos.

FDS - O palco é a casa da banda? O que os motiva a subir ao palco?
Ricardo: Ahh…palco é palco…Sem dúvida é onde realmente a gente se encontra. Em qualquer lugar, com estrutura ou tosco…o lance é fazer o som. O ambiente de trabalho de uma banda de rock é muito estimulante…contatos, amizades, backstage, festivais, passagens de som, shows…é foda, cada show é um puta estímulo

FDS - E o trabalho de vocês? Depois de algum tempo tocando covers agora vem o trabalho preoprio com o lançamento do EP... como foi este caminho
Ricardo: Bastante natural, acho que não tinha muito pra onde ir. Na verdade nos colocamos essa meta, porque é um desafio, né…produzir material autoral.

FDS - Como rola o processo de composição e qual o foco das letras?
Ricardo: Basicamente a gente sempre registra algumas idéias de melodias em casa mesmo, plugando no micro direto, experimento alguns riffs…penso como soaria em conjunto. O Nelsão também produz na casa dele, faz linhas de baixo, ou grava alguma melodia com violão…Trocamos essas informações, e vamos acrescentando em conjunto, depois vem a batera, conversamos com o Marcão e pensamos nas partes dele…Mas é um processo bem em conjunto. É bom porque experimentando assim, a gente tem possibilidade de tirar excessos, fazer soar a música, e não o instrumento em si. Com as bases prontas, o David corre pro papel..rs.
David: O processo de composicão é relativo, por exemplo, teve som que saiu de letra que eu já tinha, mas no geral, como estamos com essa primeira EP, estamos descobrindo novos modos para criar, tudo é valido, qualquer anotação ou idéia vale a pena testar, mas no geral mesmo, junta-se guitarra e baixo, e vamos testando junto com voz, algo sem compromisso, até lapidar algo que valha a pena.

FDS - E como tem sido a receptividade do trabalho?
Ricardo: Muito boa!…conseguimos entrar em alguns festivais importantes como o Grito Rock, a Virada Cultural Paulista e alguns outros menores pelo estado. A partir de julho, fomos convidados pelo SESC a se apresentar no circuito que eles cobrem…A responsa vai aumentando e isso é bom.

FDS - E para onde vai a Tia Velha?
Ricardo: Agora basicamente é tocar ao vivo, viajar pra onde der pra tocar…e compor novas coisas. Conhecemos uma galera na estrada e rolaram alguns contatos bons com produtoras e tals. Então o trabalho só aumenta, né!


FDS
- Uma mensagem final aos leitores do falando de skate...
David: Pra quem anda de skate, que continue na cena se possivel, é um esporte que hoje em dia está menos discriminado, quando comecei existia ainda preconceito, até por parte de meus pais, geralmente a galera é mais atitude, portanto, choca! Simplesmente, muito rock pro pessoal, e que continuem ou comecem a arte do skate, realmente nao é pra qualquer um. Ricardo: Usem joelheiras!!! Já fiquei mancando 3 dias por conta disso!

Assista aqui o clip Novos Ares:






Assista aqui o vídeo do David usando o palco de outra forma:

sábado, 31 de maio de 2008

Falando de skate apresenta: Dioguinho

O primeiro skatista a dar as caras no blog é um atleta da nova safra do interior de São Paulo, mais precisamente de Araçatuba. Como um skatista da velha guarda eu tenho muita satisfação vendo o bom nível dos skatistas da cidade e assistindo de camarote a evolução de cada um. Lembro quando o Diogo começou a me chamar atenção, estava com a esposa comendo na Esquina do Espeto (recomendo!!), quando o carinha que veio atender perguntou: “Você é o Douglão, né??”, ai olhei para o moleque e lembrei dele nas sessões. No outro dia que cruzei com ele no Jorge Corrêa (escola estadual por onde passaram no mínimo 4 gerações do skate regional) olhei com mais atenção e vi que o cara estava começando a mandar bem. Dai pra frente foi só evolução. Agora com a palavra:



Quem é você?

Meu nome é Diogo Fernando dos Santos de Oliveira, tenho 19 anos e o meu apelido, como sou mais conhecido, é
Dioguinho, comecei a andar de skate em janeiro de 2000 e estou até hoje ai na correria.


Qual foi o seu primeiro contato e quando viu que aquilo não era apenas um brinquedo? Que seria algo que mudaria a sua vida.

Foi quando um amigo meu me chamou, falou “ow..vai ter um
campeonato de skate ali numa pista de skate..” era numa pista que tinha aqui antigamente que chamava “BOB” eu fui e já fiquei empolgado.. e até hoje estou ai! No campeonato fiquei doido e até hoje estou andando.


No que o Skate contribuiu para formar a pessoa que você é hoje?
Tudo! O skate é minha vida.. tem muita gente ai, moleques que preferem jogar bola.. o meu negócio é o skate. Meu esporte é este e vivo por ele.

Quais foram as pessoas influentes no início e quem te influência hoje no skate?

Na época era o Patrick, um amigo meu que hoje nem anda mais.. o Diogo, Danielzinho, Andrézinho.. Eram os caras na época que eu pagava um pau mesmo, achava que os caras andavam muito. Hoje a referência são os moleques ai... O Jefferson, o Mendingo que anda muito! O Muller que vai para os campeonatos... Tem o Preto que anda, os caras da Radical, o Rafaelzão.. Os amigos, parceiros que dão empolgação no rolê.


O que acha da fase atual do skate?
Fase atual.. Sei lá véi.. as marcas poderiam apoiar mais o atleta, o interior está fraco. Aqui para Araçatuba e região acho q deveria ser mais divulgado o Skate. Pistas! poderiam fazer mais pistas, estes políticos... Ajudar o esporte!


E para onde vai o Dioguinho?
Puxa véi.. Esta resposta acho que nem sei dizer.. Tipo: ou ir pra São Paulo ou quem sabe um dia, se fizerem várias pistas por aqui.. Ficar aqui e evoluir.
Levo o skate como uma diversão por enquanto.


Finalizando... mande um recado!
Para quem curte skate, véi.. Leve em frente, tenha força de vontade. Quem está começando: não desista. Que é assim: não se aprende na mesma hora, tem que ralar! Não tem jeito.é correria o negócio. Tem que correr atrás senão não tem
jeito. Correr campeonatos e estas coisas...





Veja Dioguinho em ação!! Vídeo gravado no dia 29 de maio de 2008.

Caso não consiga ver o vídeo aqui > veja direto no youtube

terça-feira, 27 de maio de 2008

um momento

Este texto foi publicado em outro blog que tenho mas o assunto tratado tem totalmente a ver com o Falando de Skate:

http://thablogga.blogspot.com/2008/02/um-momento.html

Por que falar de skate?

Impossível deixar de cair no lugar comum e dizer logo de cara no primeiro post do blog que o skate é mais do que um simples esporte, é um estilo de vida. Por mais óbvio e "chavão" que esta frase seja, quem anda ou já andou de skate a entende muito bem. E creio que tenho liberdade "skatística" para usá-la no início deste projeto. Por que é estilo de vida? Quem mais além de um skatista emudece por algum tempo e fica olhando para uma escada ou corrimão imaginando o que pode ser feito ali? A vontade de escrever e dar palavra a quem tem este sentimento surgiu em um dos períodos de recesso que passei nestes quase 20 anos de estilo de vida. Por mais que estivesse há um, dois ou até 6 meses sem andar, sempre imaginava algo ao encontrar um obstáculo, sempre sentia aquela vontade. Mesmo em obstáculos que meu nível de skate não permitissem encarar. A cada escada, borda ou transição que esteve em meu caminho eu deixei um pensamento. E a idéia a partir de agora é tornar público o pensamento de cada entrevistado, seja sobre a manobra, o mercado ou a vida. Para isto que este espaço foi criado para que nos momentos entre a session de hoje e a próxima: possamos falar de skate!