O Falando de Skate entrevistou a banda Tia Velha de Araçatuba/SP. Conheça um pouco da banda que está na luta desde 1997 e há 4 anos corre os palcos com a atual formação. Para mais informações e contato acesse tiavelha.com.
FDS- Apresentem a banda... quem é quem e desde quando? Sou David, voz. Na guitarra Ricardo Storti, no contra-baixo Nelson Pedon, e na bateria temos o insano Marcos Nogaroto, poderia ser NAgarota, mas... Estamos com essa formação tem quase 4 anos.
FDS - A banda sempre teve uma atitude "faça você mesmo" desde o tempo que rolavam as festas no newton's (pizzaria de Araçatuba onde rolavam apresentações de bandas da região) e demais bares e festas da época.. a comunicação da banda com o público sempre foi um diferencial.. Como encaram isto?
Ricardo: Isso foi uma necessidade! Seria mais fácil se tivesse alguma estrutura pública por tras disso, fomentando a cena, inserindo rock em programações culturais, mas sempre foi complicado. Existe preconceito com o estilo daí ninguem apoia. Um amigo de alguem da banda sempre acabava dando uma mão pra sair alguma coisa em radio, ou notinha em jornal…mas é difícil. A comunicação precisa se adequar também né, não dá pra fazer cartazinho preto com caveira e escrever rock pigando sangue…é um erro é achar que o pessoal que gosta de ouvir rock aceita qualquer coisa nesse sentido… Mas tem o lado bom, né. Você aprende na marra a lidar com isso…com tentativas e erros…uma cagada q você faz aqui, já não repete na próxima…e vice-versa. FDS - E o relacionamento com o skateboard... Como é? alguém da banda andou ou ainda dá uns rolês?
FDS - O que acha que rola de similaridade entre a atitude da banda com o skate?
FDS - O relacionamento de vocês com a cidade natal da banda.. como rola? A região trata bem as "pratas da casa"?
FDS - Vocês lançaram recentemente um novo site.. Como rola a divulgação na web?
FDS - As facilidades oferecidas pelo my space, orkut e afins facilitam muito, mas em contra-partida, tem a eterna briga entre majors e a pirataria.. como a banda encara este cenário?
Ricardo: É..aí cada situação deve doer em seus respectivos calos..rs. No nosso caso, como banda independente não temos muito a fazer a não ser espalhar ao máximo nosso som, de maneira gratuita…Quanto mais ouvirem, melhor! Quanto mais piratearem nosso som, “mais melhor”!! rs.. Esse lance de grandes gravadoras é foda, porque a grosso modo, a equação é muito simples: Pegam uma banda com um potencial “comercial” a ser explorado, paga jabá pras radios tocarem, investe uma puta grana nesse sentido, e isso tem que retornar em forma de vendas de cds. Mas é foda, o custo em grande escala pra um cd com encarte e tudo é bem barato, algo em torno de R$ 5…a material prima é barata…e isso chega pra gente na loja a R$ 30, R$ 35 conto! E o pior é que quase nada vai pro artista. O ciclo basicamente é esse. Por isso que a pirataria fode! Mas nao fode o artista, fode com a gravadora! E fode com o mercado independente, porque pra cara 1 banda comercialmente interessante, tem umas 500 com conteúdo muito bom mas sem acesso a esse grande mercado. E nisso entra a importância das vias alternativas de divulgação: internet e festivais independentes. Pode ter certeza que as coisas mais genuínas sendo feitas na música atualmente estarão de fato nesses veículos. FDS - O palco é a casa da banda? O que os motiva a subir ao palco?
FDS - E o trabalho de vocês? Depois de algum tempo tocando covers agora vem o trabalho preoprio com o lançamento do EP... como foi este caminho
FDS - Como rola o processo de composição e qual o foco das letras?
David: O processo de composicão é relativo, por exemplo, teve som que saiu de letra que eu já tinha, mas no geral, como estamos com essa primeira EP, estamos descobrindo novos modos para criar, tudo é valido, qualquer anotação ou idéia vale a pena testar, mas no geral mesmo, junta-se guitarra e baixo, e vamos testando junto com voz, algo sem compromisso, até lapidar algo que valha a pena. Ricardo: Muito boa!…conseguimos entrar em alguns festivais importantes como o Grito Rock, a Virada Cultural Paulista e alguns outros menores pelo estado. A partir de julho, fomos convidados pelo SESC a se apresentar no circuito que eles cobrem…A responsa vai aumentando e isso é bom.
FDS - E para onde vai a Tia Velha?
FDS - Uma mensagem final aos leitores do falando de skate...
Assista aqui o clip Novos Ares:
Assista aqui o vídeo do David usando o palco de outra forma: